BRAZIL: EPIDEMIOLOGICAL SITUATION OF COVID-19 11/10/2020 - 16:24
Brasil
O Ministério da Saúde recebeu a primeira notificação de um caso confirmado de covid-19 no Brasil em 26 de fevereiro de 2020. De 26 de fevereiro a 10 de outubro de 2020 foram confirmados 5.082.637 casos e 150.198 óbitos por covid-19 no Brasil. O maior registro no número de novos casos (69.074 casos) e de novos óbitos (1.595 óbitos) ocorreu no dia 29 de julho.
Em relação aos casos, a média móvel de casos registrados na SE 41 (04 a 10/10) foi de 25.115, representando redução de 6,9 % em relação à média de casos registrados na SE 40 (26.977) Quanto aos óbitos, a média móvel de óbitos registrados na SE 41 foi de 602, representando uma redução de 8% em relação à média de registros da SE 40 (654). (Figura 1A e 1B).
Durante a SE 41 foram registrados um total de 175.804 casos e 4.211 óbitos novos por covid-19 no Brasil. Para o país, a taxa de incidência até o dia 10 de outubro de 2020 foi de 2.419 casos por 100 mil habitantes, enquanto a taxa de mortalidade foi de 71,5 óbitos por 100 mil habitantes.
A evolução temporal dos casos e óbitos novos relacionados à covid-19 variou entre as regiões do país. As regiões Sudeste, Nordeste e Norte apresentaram um crescimento do número de casos e óbitos novos anterior à semana epidemiológica 16, enquanto que este crescimento ocorreu por volta da semana 22 nas regiões Sul e Centro-Oeste (Figura 2). Na semana epidemiológica 41, o número de casos novos de covid-19 foi 63.530 no Sudeste, 45.636 no Nordeste, 26.596 no Sul, 25.920 no Centro-Oeste e 14.122 no Norte; o número de óbitos novos foi 2.188 no Sudeste, 675 no Nordeste, 652 no Centro-Oeste, 484 no Sul e 212 no Norte.
Com base na tabela 1, observa-se que a região Norte registrou o segundo maior coeficiente de incidência, 3.551,6 casos/100 mil hab. e juntamente com a região Centro-Oeste o maior coeficiente de mortalidade do Brasil, 83,3 óbitos/100 mil hab. O estado de Roraima apresentou a maior incidência do país, 8.656,9 casos/100 mil hab., superando inclusive, a sua região. A região Nordeste teve uma incidência de 2.426,5 casos/100 mil hab. e mortalidade de 70,5 óbitos/100 mil hab., com o estado de Sergipe apresentando a maior incidência (3.458,5 casos/100 mil hab.) e o Ceará a maior mortalidade (100 óbitos/100 mil hab.). Na região Sudeste o coeficiente de incidência foi de 2.011,7 casos/100 mil hab. e a mortalidade de 77,2 óbitos/100 mil hab., com o estado do Espírito Santo apresentando a maior incidência (3.445 casos/100 mil hab.) e o Rio de Janeiro a maior mortalidade (111,7 óbitos/100 mil hab.). A região Sul registrou uma incidência de 2.106,8 casos/100 mil hab. e mortalidade de 42,7 óbitos/100 mil hab., com Santa Catarina apresentando a maior taxa de incidência 3.162,9 casos/100 mil hab.) e o Rio Grande do Sul com a maior taxa de mortalidade (45,1 óbitos/100 mil hab.) Por fim, a região Centro-Oeste apresentou a maior incidência do país, 3.889,3 casos/100 mil hab. e maior mortalidade de 83,3 óbitos/100 mil hab, junto à região Norte, sendo o Distrito Federal o responsável pelo maior valor de taxa de incidência e mortalidade da região, 6.618,6 casos/100 mil hab. e 113,2 óbitos/100 mil hab., respectivamente.
FIGURA 1 Número de registros de casos novos (A) e óbitos novos (B) de covid-19 e média móvel dos últimos 7 dias por data de notificação. Brasil, 2020
FIGURA 1 Número de registros de casos novos (A) e óbitos novos (B) de covid-19 e média móvel dos últimos 7 dias por data de notificação. Brasil, 2020
Fonte: Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde. Dados atualizados em 10/10/2020, às 18h, sujeitos a revisões.
FIGURA 2 Distribuição semanal dos casos (A) e óbitos (B) novos por covid-19 a partir do 1º registro, respectivamente, entre as regiões do Brasil, 2020
Fonte: Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde. Dados atualizados em 10/10/2020, às 18h, sujeitos a revisões.
FIGURA 2 Distribuição semanal dos casos (A) e óbitos (B) novos por covid-19 a partir do 1º registro, respectivamente, entre as regiões do Brasil, 2020
TABELA 1 Distribuição dos registros de casos e óbitos novos por covid-19 na SE 41, total, coeficientes de incidência e mortalidade (por 100 mil hab.), segundo região e Unidade da Federação (UF). Brasil, 2020
A SE 41 encerrou-se com um total de 175.804 novos casos registrados, o que representa uma redução de 6,9% (13.038 casos) quando comparado ao número de casos registrados na SE 40 (188.842 casos) (Figura 3A). A média diária de novos casos registrados na SE 41 foi de 25.115, contra os 26.977 na semana anterior.
Em relação aos óbitos por covid-19, a SE 41 encerrou com um total 4.211 novos registros de óbitos, representando uma redução de 8,1% (370 óbitos) quando comparado ao número de óbitos registrados na SE 40 (4.581 óbitos) (Figura 3B). A média diária de novos registros de óbitos na SE 41 foi de 602 contra 654 registrados na SE 40.
Fonte: Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde. Dados atualizados em 10/10/2020, às 19h, sujeitos a revisões
FIGURA 3 Distribuição dos novos registros de casos (A) e óbitos (B) de covid-19 por semana epidemiológica de notificação. Brasil, 2020
Fonte: Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde. Dados atualizados em 10/10/2020, às 19h, sujeitos a revisões
FIGURA 3 Distribuição dos novos registros de casos (A) e óbitos (B) de covid-19 por semana epidemiológica de notificação. Brasil, 2020
A Figura 4 apresenta a distribuição por SE dos casos de covid-19 recuperados e em acompanhamento no Brasil. Ao final da SE 41, o Brasil apresentava uma estimativa de 4.453.722 casos recuperados e 478.717 casos em acompanhamento.
O número de casos “recuperados” no Brasil é estimado por um cálculo composto que leva em consideração os registros de casos e óbitos confirmados para covid-19, reportados pelas secretarias estaduais de saúde, e o número de pacientes hospitalizados registrados no Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEPGripe). Inicialmente, são identificados os pacientes que se encontram hospitalizados por SRAG, sem registro de óbito ou com alta no sistema. De forma complementar, são considerados os casos leves com início dos sintomas há mais de 14 dias que não estão hospitalizados, somados aos que foram hospitalizados e receberam alta (com registro no SIVEP-Gripe) e que não evoluíram para óbito.
São considerados como “em acompanhamento” todos os casos notificados, nos últimos 14 dias, pelas secretarias estaduais de saúde e que não evoluíram para óbito. Além disso, dentre os casos que apresentaram SRAG e foram hospitalizados, consideram-se “em acompanhamento” todos aqueles que foram internados nos últimos 14 dias e que não apresentam registro de alta ou óbito no SIVEP-Gripe.
FIGURA 4 Distribuição dos registros de casos recuperados e em acompanhamento por semana epidemiológica de notificação. Brasil, 2020
A Figura 5 representa a dinâmica de redução, estabilização e incremento do registro de casos e óbitos novos de covid-19 no Brasil, por UF, na SE 41. Com relação ao registro de novos casos, destaca-se a redução nos registros em 17 estados e DF, aumento em quatro e estabilização em cinco (Figura 5A). Comparando a SE 41 com a SE 40, observa-se redução de 7% no número de novos casos. A média diária de casos novos registrados na SE 41 foi de 25.115, inferior à média apresentada na semana anterior de 26.977 casos. Em relação ao registro de novos óbitos, foi observada uma redução em 15 estados e DF, aumento em cinco e estabilização em seis, (Figura 5B). Comparando-se a SE 41 em relação à SE 40, verifica-se redução de 8% ou 370 registros de novos óbitos. Os dados têm demonstrado tendência de redução ao longo das últimas semanas, apresentando uma média de 602 óbitos por dia.
Dentre as 10 UF com maiores números de casos novos registrados na SE 41, São Paulo, Ceará, Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Bahia registraram os maiores números incidentes, respectivamente (Figura 6A). Apresentaram redução, comparando-se à semana anterior, os estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Goiás, aumento na Bahia e Ceará e estabilização em São Paulo e Rio de Janeiro. Em relação aos óbitos novos registrados na SE 41, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais apresentaram os maiores números respectivamente (Figura 6B). Comparando a SE 41 com relação à SE anterior houve aumento no Rio de Janeiro e Minas Gerais e estabilização em São Paulo no número de óbitos novos.
Fonte: Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde. Dados atualizados em 10/10/2020, às 19h, sujeitos a revisões.
FIGURA 5 Representação da dinâmica de redução, estabilização e incremento do registro de casos (A) e óbitos (B) novos de covid-19, por UF, na SE 41. Brasil, 2020
Fonte: Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde. Dados atualizados em 10/10/2020, às 19h, sujeitos a revisões
FIGURA 6 Distribuição semanal dos casos (A) e óbitos (B) novos por covid-19 a partir do 1º registro, respectivamente, entre os 10 estados com o maior número de casos novos registrados. Brasil, 2020
Fonte: Ministério da Saúde - Brasil