Novos casos de microcefalia são registrados no país 01/12/2015 - 09:50

Até 21 de novembro de 2015, foram notificados 1.248 casos suspeitos de microcefalia, identificados em 311 municípios de 14 estados do Brasil, de acordo com informe epidemiológico sobre microcefalia do Ministério da Saúde. O governo permanece realizando todos os esforços para monitorar e investigar, de forma prioritária, o aumento do número de casos de microcefalia no país. Ressalta-se que todos os casos notificados são suspeitos e ainda precisam ser investigados e classificados. Entre o total de casos, foram notificados 7 óbitos suspeitos, 5 no Rio Grande do Norte, 1 no Ceará e 1 no Piauí.

A distribuição dos casos notificados à SVS/MS até a última semana mostra que, além das regiões Centro-Oeste e Nordeste, que já apresentavam casos, foram notificados 12 casos suspeitos na região Norte (Tocantins) e 13 no Sudeste (Rio de Janeiro). A concentração dos casos ocorre na região Nordeste e Recife e João Pessoa são os municípios com o maior número de casos suspeitos notificados - mais de 50 casos.

Com o objetivo de unir esforços contra a doença e o mosquito Aëdes aegypti, responsável por transmitir dengue, chikungunya e Zika, e dar maior agilidade às investigações, o Ministério da Saúde acionou, na última semana, o Grupo Estratégico Interministerial de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional e Internacional (GEI-ESPII). O grupo, que reúne 19 órgãos e entidades, foi instituído em decreto da Presidência da República de 06 de dezembro de 2010, com o objetivo de acompanhar e propor medidas de emergência em saúde pública. O mecanismo é utilizado em casos de emergências em saúde pública que necessitem o emprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública.

A investigação dos casos está sendo realizada pelo Ministério da Saúde de forma integrada com as secretarias estaduais e municipais de saúde, com o apoio de instituições nacionais e internacionais. Comitês de especialistas apoiarão o Ministério da Saúde nas análises epidemiológicas e laboratorial, bem como no acompanhamento dos casos.

O fato já foi comunicado à Organização Mundial de Saúde e Organização Pan-Americana da Saúde, conforme os protocolos internacionais de notificações de doenças.

GESTANTES – É importante que as gestantes mantenham o acompanhamento e as consultas de pré-natal, com a realização de todos os exames recomendados pelo médico. O Ministério da Saúde reforça ainda a orientação de não consumirem bebidas alcoólicas ou qualquer outro tipo de drogas, não utilizar medicamentos sem orientação médica e evitar contato com pessoas com febre ou infecções.

É importante também que as gestantes adotem medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de doença, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.

A microcefalia não é um agravo novo. Trata-se de uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Na atual situação, a investigação da causa é que tem preocupado as autoridades de saúde. Neste caso, os bebês nascem com perímetro cefálico (PC) menor que o normal, que habitualmente é superior a 33 cm. Esse defeito congênito pode ser efeito de uma série de fatores de diferentes origens, como as substâncias químicas, agentes biológicos (infecciosos), como bactérias, vírus e radiação.

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