Combate ao mosquito da dengue mobiliza população do Paraná 10/12/2015 - 08:20

Nesta quarta-feira (9), o Governo do Paraná, em parceria com as prefeituras municipais, promoveu uma série de atividades para convocar a população entrar na luta contra o mosquito Aedes aegypti. O Dia D de combate ao mosquito contou com o apoio maciço da comunidade e foi marcado por ações educativas e mutirões de limpeza em todo o Estado.

Em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, as atividades do Dia D aconteceram na praça de pedágio da BR 277 e também no centro da cidade. Foi montada uma tenda no calçadão da Rua XV, onde profissionais de saúde distribuíram materiais da campanha contra o mosquito e deram orientações sobre a prevenção da dengue, zika e chikungunya.

No restante do Estado a programação do Dia D envolveu ações educativas em ruas e praças, palestras em unidades de saúde, passeatas, carreatas, mutirões de limpeza, concursos culturais e intervenções artísticas, entre outras atividades.

Em Paranaguá e Guaratuba, no litoral do Estado, houve mutirão de limpeza e distribuição de materiais educativos em pontos estratégicos. Em Mallet, Irati e Imbituva e Fernandes Pinheiro, as ações se concentraram nas principais ruas das cidades, com a abordagem da população no comércio. Em União da Vitória, a regional de saúde aproveitou a data para reunir as equipes municipais para traçar estratégias de enfrentamento contra o mosquito.

Nos municípios de Siqueira Campos, Santana do Itararé, Cambará e Ribeirão Claro, voluntários da prefeitura e da comunidade percorreram os bairros conversando com a população e eliminando potenciais criadouros do mosquito. Também houve passeata educativa em algumas cidades.

Em Boa Esperança do Iguaçu, equipes de saúde promoveram palestras sobre prevenção na rede municipal de educação. Já em Campo Largo e Colombo, houve distribuição de materiais informativos nos terminais de ônibus.

ZIKA – Oficialmente, apenas dois casos de zika vírus foram confirmados laboratorialmente pela Secretaria da Saúde do Paraná. Os pacientes são do município de São Miguel do Iguaçu, no Oeste do Estado. Eles foram diagnosticados no mês de maio e passam bem. Contudo, os profissionais da Secretaria analisam a possibilidade de que esse número seja maior.
Em relatório divulgado nesta semana, o Ministério da Saúde chama a atenção para a possibilidade de que os casos descartados como dengue no Paraná possam ser de zika vírus. A dificuldade no diagnóstico e a forma silenciosa com que a doença se manifesta podem ter sido as principais causas da subnotificação, segundo o Ministério da Saúde. Para se confirmar a zika, é preciso coletar amostras de sangue do paciente suspeito até o 5º dia após o início dos sintomas.

Estudos internacionais apontam que cerca de 80% dos casos de zika não apresentam sintomas característicos da doença, como febre baixa, manchas vermelhas e coceira na pele, olhos vermelhos (sem coceira e sem secreção), dor muscular e nas articulações.

Assim como a dengue e a febre chikungunya, o zika vírus é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, que já circula em 294 municípios do Paraná. Isso significa que 73% das cidades paranaenses correm o risco de registrar casos das três doenças.

A preocupação com a zika se deve principalmente por causa da correlação entre o surto da doença e o aumento no número de casos de microcefalia na região nordeste. Até agora, já foram identificados 1.761 bebês com suspeita de microcefalia no país, distribuídos em 422 municípios de 14 unidades da federação.

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